Ainda longe de uma definição na base do governador Camilo Santana (PT), a oposição avança na articulação da chapa que deverá disputar as vagas para o Senado nas próximas eleições. Na noite de ontem, o ex-presidente estadual do PSDB Luiz Pontes saiu fortalecido em evento da oposição realizado em Massapê, na região Norte do Estado. Ele deverá disputar vaga para o cargo em chapa com o empresário Luis Eduardo Girão, que é o nome apontado pelo Pros.       Sem disputar eleição desde 2006, quando tentou se reeleger ao Senado, Pontes ainda é o nome que mais tem receptividade entre os tucanos para a disputa. Ele, porém, tem mantido cautela ao tratar do assunto, mas admite que tem consultado quadros do partido sobre a possibilidade da candidatura e que tem sido “bem recebido”. “Meu nome está colocado. Pode aparecer outra pessoa dentro do partido, mas tenho recebido boas manifestações de apoio”, disse ao O POVO na última quarta-feira, 30.       A pré-candidatura de Pontes começou a se fortalecer entre os tucanos, após a saída de Domingos Filho (PSD) para a base do governador. O ex-conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), antes de mudar de lado, já havia colocado o seu nome à disposição para a disputa em reuniões no gabinete do senador Tasso Jereissati.       Com a saída do PSD e do Solidariedade para alianças com Camilo, a oposição deverá lançar duas candidaturas para o Senado, sendo uma do PSDB e a outra do Pros. No partido comandado pelo deputado Capitão Wagner, o empresário Luis Eduardo Girão é o que mais ganha força. Wagner, porém, evita colocar o empresário como uma certeza para a disputa, mas admite que ele está na lista com outros nomes cogitados como pré-candidatos. Segundo ele, a definição deverá se dá entre Girão, Dr. Ciro, Vitor Valim, Roberto Mesquita, Coronel Plauto e Alexandre Damasceno. “A partir da próxima semana, a chapa da oposição já vai estar mais definida”, prevê o deputado.       Na frente de esquerda de oposição a Camilo, os nomes já estão postos. O PCB vai indicar o operário da construção civil e ex-candidato ao Governo em 2014 Benedito Oliveira em chapa com o militante do movimento da infância e adolescência Jamieson Simões, do Psol.       Enquanto isso, as definições na base do governador continuam emboladas por questões partidárias e de acomodação de alianças, principalmente. O PT havia reivindicado que fosse mantida uma das vagas na chapa, o que poderia dificultar os planos de o governador Camilo estabelecer aliança com o senador Eunício Oliveira (MDB), que quer tentar reeleição.       O presidente estadual do PT, Moisés Braz, já admitiu neste mês que essa reivindicação pode ser flexibilizada. Braz disse que manter a cadeira no Senado “não é prioridade” do partido. A declaração abre margem para a consolidação da aliança com o MDB.       A outra candidatura ao Senado na chapa da base deverá ser ocupada pelo PDT, que também apresenta resistência em compor com Eunício. “O PDT mostrou várias vezes que se sente incomodado em compor com o senador Eunício, mas vamos discutir isso no decorrer do processo. A regra é não criar nenhum obstáculo para a reeleição de Camilo”, declarou o presidente estadual do partido, deputado André Figueiredo.       No PDT, a indicação mais forte é do ex-governador Cid Gomes, que ainda decide se vai disputar vaga de senador ou deputado federal. A prioridade de Cid é colaborar com a campanha do irmão Ciro Gomes à presidência da República. Candidatando-se a vaga como deputado federal, Cid teria mais tempo para articular a campanha de Ciro e ainda poderia ampliar a bancada do partido na Câmara dos Deputados.   Rômulo Costa - Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.       INTERIOR   Em agenda pelo interior do Estado, oposição apresentou General Theophilo como pré-candidato ao Governo em evento em Massapê. Na manhã de hoje, o grupo vista o Beco do Cotovelo, em Sobral, região política dos adversários Ferreira Gomes.