DATA: 18/05/2015
HORA: 14h30min.
LOCAL: Auditórios Dep. Antº G. de Freitas (nº5).
PAUTA: Debater a atual situação dos hemofílicos no Estado do Ceará.
DEPUTADO PRESENTE: Augusta Brito..
CONVIDADOS PRESENTES: Chico Lopes – Deputado Federal; Antonio Tadeu Uchoa Filho – Coordenador da Assessoria Jurídica da Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde Pública; Emerson de Sousa Eulálio – representando a coordenadoria estadual das Coagulopatias Hereditárias do estado do Ceará; Vânia Barreto Ferreira Gomes – diretora de Ensino e Pesquisa do Hemoce; Francisco Marcelino Rogério Filho – presidente da Associação dos Hemofílicos do estado do Ceará; Lyla Maria Arruda Barroso – psicóloga do Setor de Hemofilia do Hemoce, Stella Maia Barbosa – enfermeira chefe do Setor de Hemofilia da Hemoce.
RESUMO:Os principais problemas apontados foram a estrutura ainda insuficiente no interior do estado para atender esses pacientes, dificuldades de diagnóstico e o transporte de pacientes tanto residentes na Capital como aqueles do Interior.
Autora do requerimento que motivou o debate, a deputada Augusta Brito (PCdoB) propôs a realização de campanhas educativas nos veículos de comunicação da AL sobre diagnóstico e tratamento da doença e a elaboração de um projeto que assegure para os pacientes de Fortaleza ou do Interior transporte gratuito. Ela pediu ainda à Associação dos Hemofílicos do estado do Ceará e ao Hemoce que detalhem em documento suas demandas, para que o Parlamento possa dar seu apoio na busca de solução.
A diretora de Ensino e Pesquisa do Hemoce, Vânia Barreto, disse que o Ceará teve avanços no tratamento dos hemofílicos, especialmente com a implantação de hospitais regionais, que ajudam a evitar o deslocamento de pacientes. Segundo ela, muitas vezes esse deslocamento pode até agravar o quadro do doente.
Já o presidente da Associação dos Hemofílicos do Estado do Ceará – AHECE – Marcelino Rogério, destacou que o tratamento no Interior não tem a mesma estrutura que o Hemoce, por isso muitos pacientes graves ainda têm que se deslocar para a Capital.
O coordenador de Coagulopatias Hereditárias do Estado do Ceará, Emerson Eulálio, destacou que o Hemoce é hoje referência em âmbito nacional e internacional e que consegue trabalhar de forma preventiva com os hemofílicos, diminuindo a incidência de emergências referentes a sangramentos dos pacientes.
Entretanto, ele ressaltou que o número de hemofílicos no estado pode ser maior do que o estimado, pois há deficiência no diagnóstico. O médico disse ainda que há necessidade de maior apoio às cirurgias ortopédicas para pacientes hemofílicos, pois muitos deles sofrem nos ossos as sequelas da doença. Ele frisou que o estado não dispõe de espaços adequados para essas cirurgias, apesar ter alguns profissionais capacitados.
O coordenador da Assessoria Jurídica da Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde Pública, Tadeu Uchoa, afirmou que a saúde é um direito básico e que não pode ser negado pelo estado, nem sob a alegação de falta de recursos. Ele sugeriu que a AHECE e o Hemoce elaborem um documento especificando quais as dificuldades e o que seria necessário para melhorar as condições dos hemofílicos no estado.
JM/CG