Carlomano frisou que a Santa Casa de Misericórdia encontra-se em dificuldades financeiras, e por isso não atende à população na plenitude de sua capacidade instalada, e o Hospital das Clínicas também está na mesma situação por falta de verbas de custeio. Para o deputado, seria mais eficiente, para efeito de atendimento das necessidades da população, o Governo do Estado repassar verbas para essas unidades, em vez de construir novos hospitais.

O parlamentar previu que o próximo ano será de grandes dificuldades financeiras porque serão reduzidos os repasses federais para o Estado, e defendeu o aporte de recursos para a Santa Casa e Hospital das Clínicas e para os convênios com os hospitais já existentes. “Se hoje um hospital for se conveniar com o SUS, quebra. A grande inteligência é assegurar o funcionamento de vários hospitais do Estado. Leito não falta; o que falta é a condição financeira de custeio”, afirmou.

Em aparte, a deputada Mirian Sobreira (Pros) disse que há dois problemas na área da saúde. O primeiro, é a garantia de repasses federais, que até agora não foi definido. O outro é a falta de compromisso das prefeituras no custeio do atendimento de saúde. “Se os PSFs funcionassem, quase 60% das necessidades da área de saúde seriam atendidos”, frisou.

O deputado Augustinho Moreira (PV) considerou que Carlomano Marques está sendo pessimista. Em sua avaliação, ruim seria não haver promessa de novos hospitais. “Isso está colocado no planejamento. Serão buscados recursos federais e realizados empréstimos”, ressaltou o parlamentar.
JS/CG