Deputado Carlomano Marques (PMDB)
Foto: Paulo Rocha
No segundo expediente da sessão desta quarta-feira (09/10), o deputado Carlomano Marques (PMDB) apontou algumas falhas na segurança pública do Estado, afirmando que é um erro comparar a situação com a de outros estados.
“Não podemos nivelar por baixo um problema de tamanha significância. São Paulo é praticamente um país dentro do outro e, mesmo com tantas dificuldades, vem conseguindo diminuir seu número de homicídios”, avaliou o parlamentar.
O deputado citou o exemplo da cidade de Pacatuba, que, segundo ele, não conta com policiamento suficiente e acaba recorrendo ao município de Guaiúba, cidade vizinha. “Pacatuba tem uma delegacia com um escrivão, um delegado e um policial e quem socorre é Guaiúba. Então não podemos chegar aqui e considerar o Governo Cid Gomes como uma “Brastemp” porque não é. Temos falhas e a maior é a segurança”, disse ele.
Carlomano apontou como uma das causas da insegurança no Estado a falta de concurso para policiais. De acordo com ele, o último certame para oficial da Polícia Militar aconteceu em 2004 e para sargento há muito mais tempo. “Se não temos concursos para promover essas pessoas, eles acabam se desanimando com a sua profissão e isso reflete no trabalho”, afirmou.
Sobre os assaltos cometidos por menores na Capital, o deputado acredita que o Brasil cometeu um erro histórico ao aprovar o Estatuto da Criança e do Adolescente. “Os adultos usam os menores para assumir os crimes por saber que os direitos humanos se aferram a este estatuto. Temos que endurecer esta lei e corrigir esta falha”, declarou.
Por fim, Carlomano disse que foi um erro a Secretaria de Segurança Pública do Estado ter passado quatro anos no comando do senhor Roberto Monteiro. “Ele é uma boa pessoa, mas é um sonhador. Ele nos induziu a votar uma lei complementar que criou a Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário do Ceará. Esta lei protege o bandido e desprotege o policial. Se der um cascudo no bandido, já responde uma sindicância na controladoria. A maior queixa que a Polícia Civil tem é esta. Esta Casa tem a obrigação de rever esta lei”, criticou.
Em aparte, os deputados Heitor Férrer (PDT) e AntOnio Carlos (PT) elogiaram a posição do colega deputado.
LA/JU