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Deputados voltam a se posicionar contra o aborto - QR Code Friendly
Sexta, 19 Abril 2013 05:03

Deputados voltam a se posicionar contra o aborto

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  Os deputados da Assembleia Legislativa querem que o Conselho Federal de Medicina (CFM) reveja a resolução que foi aprovada, este ano, apoiando aborto até a 12ª semana de gravidez. Na sessão ordinária de ontem, o peemedebista Lucilvio Girão, que é médico, levou o assunto à tribuna e lembrou que estudou para salvar vidas. Alguns parlamentares também se disseram surpresos com a decisão do CFM e querem que eles revoguem tal decisão. O Conselho Federal de Medicina defende o aborto, nas 12 primeiras semanas de gravidez, em três casos: gravidez por uso não consentido de reprodução assistida; feto com incuráveis anomalias; e por vontade da gestante, ao médico constatar que ela não tem condições psicológicas. "É um absurdo. O médico faz faculdade para salvar vidas e agora vai ter que tirar vidas?", questionou Lucilvio. Ele também ressaltou que o aborto só deve ser feito quando fica comprovado risco à gestante ou em casos de estupro. Do contrário, afirma, seria assassinato. "Se não for em nenhum desses dois casos, o aborto não deve ser feito, já que o feto é uma vida. Abortar é matar uma criança", criticou o parlamentar. Contraceptivos Ele frisou ainda que existem vários métodos para evitar uma gravidez indesejada, como uso de contraceptivos. "A mulher pode usar o DIU, um anticoncepcional ou então a camisinha", salientou. O deputado peemedebista afirmou ainda que no caso dos abortos clandestinos existe muito risco para as gestantes. "Aborto clandestino é uma irresponsabilidade que pode matar a mulher. O melhor é prevenir a gravidez com os métodos anticoncepcionais", declarou. O deputado Leonardo Pinheiro (PSD) chamou de "arbitrária" a decisão recente do Conselho Federal de Medicina, garantindo ser favorável ao requerimento do peemedebista, visando à revogação da matéria. "Essa questão de dizer que a pessoa está decidindo sobre o seu próprio corpo é um equívoco, até porque o código genético da criança é diferente do da mãe", afirmou o parlamentar, que é presidente da comissão de Seguridade Social e Saúde. A deputada Mirian Sobreira (PSB) também se posicionou contra ao aborto e salientou que as pessoas não podem decidir simplesmente por "matar" as outras. "O aborto é crime", apontou a pessebista. Pela legislação atual, o aborto é consentido em casos de gravidez seguida de estupro ou quando a gestante corre risco de morte. O Conselho Federal de Medicina (CFM) e os seus 27 conselhos regionais, que atualmente representam 400 mil médicos brasileiros, afirmaram em nota assinada no mês passado à imprensa que não são favoráveis ao aborto, mas, sim, à autonomia da mulher e do médico. Entretanto, este posicionamento não é defendido por muitos profissionais da saúde que estão no parlamento cearense.
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