De acordo com o parlamentar, assuntos como a falta de equipamentos, problema na emissão de documentos e o grande impacto do vazamento de óleo no litoral nordestino estarão em pauta durante a reunião.
“Estamos definindo a data para a próxima semana, e nossa preocupação é ainda maior por conta do vazamento de óleo. Somente no Ceará, temos 563 quilômetros de litoral, 18 mil hectares de manguezal afetados. Somos o segundo em extensão de costa do Nordeste e 10 municípios foram atingidos pelo óleo”, alertou.
Acrísio Sena lamentou a demora do Governo Federal em agir diante do problema. “Os impactos, segundo oceanógrafos, levarão décadas para se recuperar. A mancha de óleo atinge todo o litoral nordestino, desde o dia 30 de agosto, e já chegou aos rios e manguezais. Dos nove estados da Região, 321 praias foram atingidas em 125 municípios. Vejam a dimensão desse desastre”, acrescentou.
O deputado elogiou ainda o governador Camilo Santana, que atua por meio da Secretaria de Meio Ambiente e os voluntários na limpeza das praias cearenses. “A secretaria distribuiu equipamentos de proteção individual para os voluntários e instituições. Temos a Marinha e o Ibama na prevenção e monitoramento das praias, os helicópteros do Ciopaer sobrevoando as praias. E quero elogiar também o trabalho dos grupos de voluntários se disponibilizando a limpar as praias, pescadores e usuários dando sua contribuição”, enalteceu.
Em aparte, o deputado Carlos Felipe (PCdoB) criticou a demora do Governo Federal diante do vazamento de óleo. “Houve uma grande demora do governo em entender a dimensão do problema e enfrentá-lo. Temos uma enorme crise ambiental no nosso País e graças aos nosso voluntários, o trabalho de limpeza começou cedo”, avaliou.
LA/AT