Segundo o parlamentar, a rejeição do decreto foi de 47 votos a 28 na terça-feira (18/06). “Essa é uma resposta também da sociedade ao presidente. Os três senadores cearenses foram contra o documento que é absurdo e iria aumentar criminalidade”, disse.
Osmar Baquit criticou ainda a postura do presidente Bolsonaro nas redes sociais. “Após Bolsonaro ter declarado que Joaquim Levy, ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) estava com a cabeça a prêmio, o economista pediu demissão. Ninguém faz isso, ele praticamente demitiu uma pessoa pela internet e isso causa insegurança no País”, salientou.
Em aparte, o deputado Renato Roseno (Psol) explicou que 10 homicídios para cada 100 mil habitantes já é considerado uma epidemia. “Aqui no Brasil temos 32 homicídio para cada 100 mil habitantes. Ontem prevaleceu a sensatez do Senado já que o presidente é insensato, inepto e inapto para ocupar o cargo. Segurança se faz com políticas públicas e não armando a população. Isso é desculpa para quem defende o mercado de armas”, assinalou.
O deputado Acrísio Sena (PT) também comemorou a rejeição do decreto de flexibilização das armas. “Com certeza, essa foi uma vitória. Armar a população não resolve problemas, pelo contrário, seriam mais problemas”, afirmou.
Já o deputado Delegado Cavalcante (PSL) enfatizou que falta policiamento nas fronteiras e as armas entram no Brasil de maneira ilegal. “Os bandidos trazem de maneira ilegal as armas sabendo que o cidadão de bem não tem arma. Todos deveriam poder se defender. Não queremos que as pessoas se matem, apenas queremos viabilizar mecanismos de defesa. O problema é que tudo o que chega do Bolsonaro, a turma vota contra e isso vai prejudicar o País”, apontou.
O deputado Vitor Valim (Pros) ressaltou que quem vota contra o armamento da população é porque pode pagar uma segurança particular. “O senador Eduardo Girão (Podemos/CE) lucra com segurança terceirizada e pode ter esse tipo de coisa. Já a população não pode”, criticou.
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