O projeto estabelece diretrizes visando ao diagnóstico precoce e tratamento da síndrome depressiva, algo que deve beneficiar tanto pacientes quanto familiares.
Evandro informou que o Ceará concede até quatro auxílios-doença a cada 24 horas devido à depressão. “Em 2018, foram 1.714 auxílios-doença relativos a quadros depressivos em todo o estado, um aumento de 38,6% se comparado a 2017, além de termos aposentado 80 pessoas entre 2016 e 2018 com esse diagnóstico”, disse.
Ele disse ainda que, até 2020, conforme dados da Organização Mundial de Saúde, a depressão será a doença mais incapacitante do mundo. A síndrome depressiva, de acordo com a proposta, entende-se pela presença de diferentes distúrbios psicológicos que geram sintomas como tristeza, falta de ânimo, falta de interesse, ausência de apetite, de prazer e oscilações de humor que levam ao vazio existencial ou pensamentos suicidas.
O deputado também comentou sobre a proposta de liberação da venda e consumo de bebidas alcoólicas em estádios, outro projeto de lei de sua autoria. Ele afirmou que compreende posições contrárias à proposição, mas percebe falta de respeito de alguns parlamentares e colocações que qualificou como “hipócritas”.
Segundo Evandro, há parlamentares que já afirmaram que não vão votar favoráveis ao projeto, pois foram eleitos por segmentos contrários à matéria. “É por isso que perdemos respeito na classe política, porque jogamos para a plateia”, disse.
Ele criticou, ainda, quem tenta “insinuar” que ele teria interesses econômicos por trás da liberação do álcool nos estádios. “Até eu provar que não tenho nenhum interesse econômico nesse projeto, meu nome já estará sujo. Então vamos jogar limpo e sem hipocrisia”, sugeriu.
Em aparte, o deputado Osmar Baquit (PDT) afirmou que, em relação à liberação de bebidas nos estádios, o que deve ser considerada é a questão cultural. Para ele, o argumento de que o álcool instiga a violência nos estádios não é válido. “Dessa forma, temos que proibir a venda e consumo nas praias e em todos os espaços públicos”, disse.
O deputado Jeová Mota (PDT) agradeceu ao presidente José Sarto (PDT) a possibilidade de pautas como a liberação de bebidas em estádios estarem sendo discutidas na Casa. “Há cinco anos essa discussão estava parada. Só de podermos trazer essa discussão para cá e votar a respeito já é de grande valor”, afirmou.
Já o deputado Marcos Sobreira (PDT), que se posicionou contra o projeto em discurso anterior, propôs que Evandro Leitão deixe claro sobre quem está falando. “Quando ele fala dessa forma parece que há um complô contra o projeto dele. E não é isso que acontece. Conversei com muita gente antes de me posicionar, mas eu tenho meu direito de ter minha posição e vou segui-la, assim como todos aqui”, ressaltou.
Marcos Sobreira também salientou que o deputado José Albuquerque (PDT), enquanto presidente da AL, não propôs a discussão, por um erro regimental. “Ele fez história como presidente dessa Casa, e jamais ‘sentaria’ em um projeto da forma como está sendo sugerida aqui”, respondeu.
PE/LF
