De acordo com Roseno, as taxas de desemprego juvenil no País atingiram a esfera de 29% neste mês, e os números são similares no Ceará também. “O Governo do Estado deveria se esmerar na sua política de trabalho e emprego. Mas ele sofre de um problema de concepção estratégico, ao acreditar que somente atraindo segmentos da indústria, com isenção fiscal e infraestrutura, o mercado de trabalho vai se desenvolver por conta própria, o que não é a realidade neste século”, apontou o deputado.
Ainda segundo ele, o fato do Produto Interno Bruto (PIB) do Ceará crescer acima do nacional não tem significado a queda das taxas de desemprego no Estado. “Deveríamos ter o maior cuidado e a maior atenção possíveis às políticas de trabalho e emprego, mas o que tomamos conhecimento é de um desmonte do Sine/IDT, com fechamento de unidades de um órgão responsável pela qualificação de profissionais, pelo atendimento a desempregados, além de produzir pesquisa”, lamentou Roseno.
Na avaliação do deputado, os cortes no Sine/IDT prejudicam, sobretudo, os trabalhadores em situação de desemprego e os jovens, cujo desemprego aberto chega a 29% no Ceará.
“Quero crer que o governador não tenha conhecimento deste cenário, pois seria muita perversidade acreditar que um governador jovem tenha determinado um corte de 30% para a principal ferramenta de promoção do trabalho e emprego do nosso Estado”, assinalou o parlamentar.
Em aparte, o líder do Governo na Casa, deputado Júlio César Filho (PPS), ressaltou a importância do Sine/IDT na formalização do emprego no Estado, mas defendeu a responsabilidade do Poder Executivo em pregar a austeridade e o corte nos gastos públicos.
“Concordo que não podemos sacrificar de forma desproporcional um órgão tão importante como esse, mas o enxugamento da máquina pública foi feito de forma linear em todos os órgãos do Estado”, acrescentou o líder do Governo.
RG/AT