A parlamentar ressaltou que o Brasil é o país com maior número de assassinatos de homossexuais no mundo e apontou a necessidade da aprovação da ação, que está tramitando no Supremo Tribunal Federal (STF), que criminaliza a homofobia e transfobia.
“Em 2017, mais 445 travestis e LGBTs foram assassinados pelo simples fato da escolha sexual. Queremos defender a criminalização da LGBTfobia, porque, por meio dela, a gente quer não só a punição do agressor, mas o reconhecimento e a prevenção desses crimes”, enfatizou.
A deputada citou o caso da travesti Dandara dos Santos, que foi espancada e assassinada a tiros, no bairro Bom Jardim, em fevereiro de 2017. “Ela morreu simplesmente por causa da escolha sexual. Eu pergunto: até quando vamos continuar achando que isso é normal”?
Augusta Brito também repudiou a violência sofrida contra a empresária Elaine Caparróz, de 55 anos, que foi espancada por quatro horas pelo advogado Vinícius Batista. A deputada criticou as pessoas que atribuíam à empresária a culpa pelas agressões.
“Fico imensamente triste quando escuto de várias pessoas, inclusive mulheres, que essa vítima deve ter apanhado porque conheceu essa pessoa na internet e a convidou para sua casa. Não é esse o fato. A questão é que ela é uma mulher e jamais a gente vai aceitar esse tipo de condenação contra quem não tem culpa nenhuma”, destacou.
A deputada afirmou que o caso serve de exemplo para demonstrar a cultura machista no Brasil. “Se a gente continuar com esse pensamento, culpando a vítima, não vamos conseguir diminuir nunca o número de agressões, que vem crescendo cada vez mais”, pontuou.
Em aparte, a deputada Dra.Silvana (PR) parabenizou Augusta Brito por trazer o tema à tribuna e ressaltou a importância de denunciar a violência contra a mulher. “Temos que trazer mais vezes e discutir esse assunto. Eu fiquei chocada e entendo a reflexão que a deputada traz”, pontuou.
A deputada Patrícia Aguiar (PSD) realçou a importância do assunto e defendeu a necessidade do combate à violência contra a mulher. “É importante que a sociedade acorde e não tolere esse absurdo contra a mulher, que é o feminicídio”, alertou.
LM/AT