O parlamentar também criticou pronunciamentos que apenas apontam o problema, sem indicar soluções. “Queria uma ideia nova. Só escuto lamúrias, sem oferecer sugestões. Venho dizendo há 12 anos que precisamos de um plano nacional, mas ninguém presta atenção”, asseverou.
De acordo com Ferreira Aragão, o governador Camilo Santana cobrou do presidente Temer medidas para conter a escalada da violência, porém não obteve nenhuma resposta positiva. “O problema não é local. Mas, até agora, Brasília não enviou nada para o Estado. Era preciso mandar uma força nacional para auxiliar os agentes policiais locais”.
Para o pedetista, sem plano nacional não há saída. Ele lembrou que o governador atende todas as sugestões indicadas pela situação e oposição, mas isso tem sido insuficiente. “O problema é mais em cima. Temos de fazer uma cruzada nacional, criando novas políticas públicas, senão nada será resolvido”.
Ferreira Aragão lembrou que a Assembleia Legislativa chegou a aprovar lei determinando o bloqueio de celulares em presídios, mas a legislação caiu no Supremo Tribunal Federal (STF). “Alegaram que não teríamos competência. Agora foi aprovada uma nova lei em nível nacional”, avisou.
Na avaliação do deputado, não é sensato dizer que está havendo insuficiência de medidas policiais, porque presídios, delegacias e casas de detenção estão superlotadas, em face do trabalho dos agentes de segurança. “Não tem mais onde botar preso. Sinal de que a polícia está trabalhando muito”.
Segundo o parlamentar, existem consórcios de bandidos se matando em todo o País. Ele explicou que a cidade de Angra dos Reis, “cartão-postal” do Rio de Janeiro, foi tomado por facções. “Todo dia, lá, há uma grande troca de tiros”, exemplificou, para demonstrar a amplitude do problema.
“A gente tem de fazer justiça e explicar o que está acontecendo. Estamos vivendo uma guerra. Somos a reprodução do que aconteceu na Colômbia. O Governo Estadual faz o que pode, mas o problema é mais em cima. Ou se faz uma coisa para valer ou não vamos resolver nada”, disse.
JS/PN