“Estivemos reunidos no Fórum em Defesa do SUS para expor o problema na última segunda-feira (03/04). E a doença nos preocupa muito porque a única forma de evitar novos casos é combater a larva do mosquito”, comentou.
Em relação à dengue, Carlos Felipe lembrou que uma vacina está sendo testada no Brasil – mais barata e com mais eficácia do que a similar francesa. “Mas contra a chikungunya não há como imunizar a população”, lamentou.
Na avaliação de Carlos Felipe, o aumento dos casos demanda, da Comissão de Saúde da Assembleia e de todos os órgãos de saúde pública, uma ação mais efetiva. “O fumacê só elimina o (mosquito) transmissor na fase adulta. Mas é mais eficiente eliminar as larvas. Esse trabalho se torna mais fácil se houver um processo educativo forte”, defendeu.
Além disso, o deputado conclamou a população para fazer parte do combate ao Aedes aegypti. “É preciso campanha educativa massiva na TV, emissoras de rádio e jornais”, sugeriu.
De acordo com o parlamentar, os casos da doença sempre aumentam entre os meses de fevereiro e maio, e os recursos necessários para o combate à epidemia são de responsabilidade do Governo Federal. Porém, segundo ele, os repasses têm sido insuficientes, cobrindo somente um terço das despesas. O parlamentar antevê que a situação irá piorar, no próximo ano, com a adoção do teto dos gastos públicos.
Carlos Felipe ressaltou ainda o caso, considerado exemplar, de combate ao mosquito realizado no município de Pedra Branca. “Se fosse aumentado o número de agentes de endemia e, nos meses de chuva, fosse efetivada uma campanha publicitária mais forte nos meios de comunicação, seriam reduzidos, e muito, os casos”, avaliou.
Em aparte, o deputado Dr. Santana (PT) comentou que o controle da proliferação dos insetos é difícil de ser resolvido com as chuvas. Ele alerta inclusive que a febre amarela poderá chegar ao Estado, agravando ainda os riscos para a saúde da população.
JS/GS