De acordo com Capitão Wagner, o IDT é o responsável por fornecer à imprensa e à população os resultados de pesquisas sobre a situação do mercado de trabalho, fazendo também “uma ponte entre o empregado e o empregador”.
O parlamentar lembrou que, na Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2017, o Governo apontava recolocação de 75 mil desempregados no mercado de trabalho, além da qualificação de pelo menos 22 mil pessoas por meio do Sine/IDT.
Capitão Wagner comentou ainda o argumento de que os cortes seriam responsabilidade do Governo Federal. “Ora, o Governo Federal só é responsável pelo custeio do órgão – energia, limpeza e esse tipo de gasto. Agora, o salário dos funcionários, que serão demitidos, é pago pelo Estado”, acrescentou.
Capitão Wagner comparou a situação do Ceará à do Rio Grande do Sul. Segundo ele, os parlamentares da base governista “vivem comparando o Ceará com o RS, porque lá os salários dos servidores estão atrasados e as contas não estão em dia. Mas o órgão equivalente ao IDT de lá continua funcionando, sem demissões, porque eles entendem que emprego é uma questão prioritária”, comentou.
Em aparte, o deputado Odilon Aguiar (PMB) apontou que os cortes no orçamento do IDT demonstram uma “falta de sensibilidade e de prioridade dos governantes”. Segundo ele, em tempos de crise econômica e de emprego em todo o País, o órgão que apura a situação do mercado e facilita o contato com os desempregados “deveria ser tratado com mais prioridade”.
PE/AT