Na opinião da deputada, a reforma não leva em consideração a realidade da mulher com a dupla jornada de trabalho, que inclui tarefas domésticas. Conforme citou Rachel Marques, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios de 2014 aponta que 90,6% realizam afazeres domésticos, e essa dupla jornada limita a possibilidade de ascensão profissional.
A parlamentar afirmou ainda que são destinados às mulheres os piores postos de trabalho e salário. “Precisamos lutar para que não haja retrocesso de conquistas alcançadas pela mulher no que diz respeito à aposentadoria e à Previdência”, avaliou.
Rachel Marques também pediu apoio para a aprovação do projeto de lei que institui e disciplina o Estatuto do Parto Humanizado no Ceará. Segundo ela, a proposta já recebeu parecer favorável da Procuradoria da Casa e passará a tramitar nas comissões técnicas. “O projeto visa garantir melhor assistência das mulheres nesse período gravídico”, explicou.
Em aparte, a deputada Dra. Silvana (PMDB) parabenizou o discurso, mas observou que o risco de igualar a idade para aposentadoria de homens e mulheres se deve à igualdade de gênero. “Uma mulher é diferente do homem, gênero é principio gramatical. Jamais uma mulher pode se aposentar igual ao homem no mesmo período. Somos diferentes, sou contra essa reforma perversa”, protestou.
LS/AT