Para o parlamentar, a falta de um “Plano B” vem deixando os cearenses mais aflitos, pois contava-se com as águas da transposição do rio São Francisco neste ano para garantir o abastecimento. A atual previsão do Ministério da Integração Nacional é de que a obra seja concluída somente no segundo semestre de 2017.
“Tiveram que dobrar a liberação do volume de água do Orós, já que o açude Castanhão está quase vazio. Somente o Complexo Portuário do Pecém consome dois metros cúbicos por segundo, praticamente um quarto do que é consumido em Fortaleza”, salientou Wagner.
O parlamentar lamentou ainda que nenhum projeto de reutilização de água tenha sido implantado no Estado. “Gastaram-se milhões em um aquário e tuneladoras, quando poderiam ter financiado um projeto de reutilização da água”, avaliou. Entretanto, ele disse acreditar que o tempo é escasso para implantar esses projetos. “Na situação em que estamos, já não daria tempo, pois levaria um ano para instalar toda a tecnologia que trataria a água. Ou seja, vamos sofrer por falta de proatividade do nosso gestor”, criticou.
Em aparte, o deputado Roberto Mesquita (PSD) disse que a falta de alternativas vem da prepotência dos seguidos governos do Ceará. “O Complexo Portuário do Pecém é todo baseado no consumo de água, e a Assembleia foi cúmplice disso, dando benefícios inclusive para a instalação de termelétrica. Não foi por falta de recursos”, comentou.
Já o deputado Heitor Férrer (PSB) lembrou que todas as alternativas de reúso de água devem ser implementadas, mesmo com a conclusão da transposição. “Podemos fazer com que empresas façam o processo e vendam a água. Errado é apostarmos numa industrialização quando não temos água para beber”, criticou.
LA/GS