Ferreira Aragão observou que esteve trabalhando na equipe esportiva do radialista Osmar Santos, em Campinas, quando o Santos foi eleito o time do século XX. No entanto, um de seus jogadores da fase áurea, o ponta direita Dorval, vive em dificuldade financeira, sobrevivendo de um emprego como instrutor de futebol que lhe paga R$ 1.300,00 mensais. “Se ele jogasse nos dias hoje faria fortuna”, acrescentou.
De acordo com o deputado, hoje é mais fácil ser jogador. “Messi, Cristiano Ronaldo e Neymar não iriam nem para o banco do Santos daquele tempo, no entanto, são milionários”, assinalou.
O parlamentar lembrou que o prefeito Roberto Cláudio fez areninhas, “que foram uma maravilha”. Segundo ele, se forem feitos, além das areninhas, campos de futebol, “teremos fábrica de jogadores e combateremos o crime”. Ferreira Aragão disse que o esporte é o que educa. “Há cearenses que deixaram o Estado e hoje estão ricos na Alemanha, depois de serem revelados na Vila Manoel Sátiro, em Fortaleza”, pontuou.
Segundo o pedetista, quando a violência recrudesceu em Nova Iorque, o prefeito de lá criou o programa Esporte da Madrugada, aí acabou a violência. “A garotada ficava jogando de madrugada, e não ia roubar.”
Ferreira Aragão defendeu a construção de campos para que os jovens possam jogar de manhã, de tarde e de noite. Com isso, seriam revelados novos “craques” para serem absorvidos pelos times locais. “Não precisaria mais trazer jogadores de fora. Há jogador importado que rescindiu contrato sem dar um chute numa bola. Temos de valorizar nossos jovens”, acentuou.
Em aparte, o deputado Fernando Hugo (PP) disse que muitos craques de outrora foram formados no futebol de subúrbio. "Citaria Pinha, de 1966, Sérgio Alencar, Everardo, Mimi, Wilkson, que foram campeões no Fortaleza, além do goleiro Nazareno”, citou, demonstrando o potencial dos atletas cearenses.
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