A data, segundo ela, foi criada em 1995 para lembrar os 300 anos da morte de Zumbi dos Palmares e, em 2003, foi incluída no calendário escolar nacional.
A petista destacou a Macha das Mulheres Negras, realizada na última terça-feira (18/11), em Brasília. “Numa linda manifestação, as mulheres foram às ruas cheias de coragem, força, alegria e com pautas importantes que marcaram o dia”, pontuou.
Rachel Marques afirmou que é grande o número de mulheres negras no País. São 49 milhões de mulheres negras, que representam 25% da população brasileira.
A parlamentar lamentou o crescimento da violência contra essas cidadãs e disse que dados revelados pelo Mapa da Violência apontam um aumento de 54% de assassinatos. Segundo ela, a cada 1h50 uma mulher negra morre, e elas têm três vezes mais chance de serem estupradas do que mulheres brancas, além de serem as maiores vítimas de violência doméstica. “Então é necessário tratar de forma específica e ter políticas públicas para reverter esses índices”, defendeu.
Em aparte, deputado Zé Ailton Brasil (PP) parabenizou a abordagem do assunto e afirmou inclusive que a Comissão de Direitos Humanos e Cidadania, da qual é presidente, vem recebendo denúncias de racismo na Universidade Federal do Ceará (UFC), onde será realizada audiência pública para discutir a questão. “A Comissão tem procurado, ao longo de 2015, discutir essa questão com transparência e a participação popular”, disse.
A deputada Dra. Silvana (PMDB) endossou a crítica contra o racismo e discordou daqueles que negam a existência do preconceito. “Existe sim é notório. Infelizmente a gente pode testemunhar; vemos insultos e piadas. É uma coisa extremamente pejorativa”, criticou. “Sou tão antirracista que sou contra qualquer tipo de cotas”, pontuou.
LS/CG