De acordo com João Jaime, a expansão da economia em anos passados levou o País a elevar os gastos de forma exponencial, porém, quando as finanças públicas se exauriram por conta da redução da produção e arrecadação de impostos, o Governo se apresenta com um grande déficit em suas contas. “E o mais grave é mandar para o Congresso uma lei orçamentária com déficit, obrigando os parlamentares a promover cortes. Deveria ser o Executivo a promover esses cortes”.
Para o deputado do DEM, a origem da crise está no passado, porém, não foram adotadas as medidas necessárias. “Em 2009, quando o mundo todo enfrentava uma crise econômica, o Governo resolveu subsidiar a indústria metalúrgica e de eletrodomésticos, retirando juros e incentivando o consumo através de empréstimos consignados. Hoje, os aposentados que contraíram essas dívidas estão todos em dificuldades”, disse.
O parlamentar também considerou a elevação das tarifas controladas pelo Poder Público, como a energia, “que subiu mais de 50% este ano”, transporte, abastecimento de água e combustíveis, que, segundo ele, representam parte significativa do orçamento. “A situação do Brasil é terrível, e o Governo fala em renovar a CPMF. Ou seja, quer aumentar a sua receita, tirando de quem já está com as finanças apertadas. A inflação corrói e os gastos do Estado aumentam”, frisou. E acrescentou: “Podem me chamar de golpista, mas eu não vejo nenhuma saída para este País com o PT no Governo. Se deixar para 2018 a alternância do Poder, talvez não haja mais jeito”.
JS/AT