“Estamos vivendo um tempo de grandes dificuldades na saúde, não devo lamentar a construção, mas sou muito preocupada com a gestão. A população já consegue assimilar que é responsabilidade da Prefeitura a saúde básica. É importante rever a questão, por exemplo, de medicamentos antes de construir”, criticou.
Ainda de acordo com a deputada, ficou claro que o dinheiro da saúde é pouco e está insuficiente. “O que eu vejo é que, se o dinheiro é pouco e não estamos gerindo a contento, então do que adianta fazer um novo equipamento?” questionou.
Para a parlamentar, fazer um prédio e depois não dar a atenção necessária é jogar dinheiro fora. “Estamos precisando de um novo IJF sim, mas precisamos, por exemplo, que o Hospital da Mulher funcione. Esse hospital poderia ficar de porta aberta. O que eu quero é que possamos gerir o que está em nossas mãos e botar para funcionar a contento”, complementou.
Em aparte, o deputado Leonardo Pinheiro (PSD) disse que o assunto do subfinanciamento da saúde está esgotado. Segundo o deputado, hoje o recurso para financiar o SUS é pouco, e não está dando para fazer alguns procedimentos. Ele afirmou ainda que o governo não está parado, e o Ceará é o sexto estado que mais gasta com a área.
“Nos últimos oito anos, aumentou mais de 400% o gasto com a saúde. Nesses últimos seis anos, houve um aumento na rede pública de 58% dos leitos. Pelo estudo, o grande problema são os leitos filantrópicos que foram fechados, e aí entra a questão da tabela do SUS, que não é corrigida a mais de 15 anos”, explicou.
DF/JU