De acordo com o parlamentar, uma pequena unidade, capaz de abastecer uma família custa em torno de R$ 15 mil. Ele sugeriu que o equipamento seja financiado em 15 anos, por meio de recursos do Fundo Estadual de Combate à Pobreza (Fecop). “Ele se paga em apenas cinco anos, propiciando energia de baixo custo e limpa”, ressaltou.
Carlos Matos informou que, atualmente, cerca de um terço da energia consumida no Ceará é produzida por termelétricas, que é mais cara e poluente, causando impactos negativos no meio ambiente.
O parlamentar informou ainda ter se reunido com o secretário de Ciência e Tecnologia, Inácio Arruda, para discutir formas de incentivo à energia alternativa. “O Estado deve criar, em breve, uma subsecretaria de energias alternativas, em face da importância desse tema”, informou.
O pioneirismo do Ceará na produção de energia eólica foi lembrado por Carlos Matos. Entretanto, ele lamentou que, hoje, o Estado está sendo ultrapassado pelo Rio Grande do Norte. “Perdemos a liderança na produção de energia limpa. As políticas anteriores não tiveram continuidade”, avaliou.
Bons resultados em outros setores foram citados pelo parlamentar. Como exemplo, ele citou a produção de melão e de flores. Hoje, o Ceará exporta US$ 100 milhões anuais de melão, quando há pouco tempo as exportações somavam apenas US$ 500 mil. De acordo com Carlos Matos, a exemplo dessas áreas, seria necessário que o Estado impulsione o setor de produção de energia solar.
Em aparte, o deputado Roberto Mesquita (PV) informou que a Subsecretaria de Energias Alternativas já tem o nome do gestor escolhido. “Pequenos painéis fotovoltaicos são viáveis no Ceará. Temos um ambiente natural maravilhoso, porém há muita burocracia para que os processos possam acontecer”, comentou.
O deputado Carlos Felipe (PCdoB) lembrou que foram investidos cerca de R$ 100 milhões de recursos do Fecop para o abastecimento de água para famílias carentes.
Já o deputado Ferreira Aragão (PDT) defendeu que o Fecop seja utilizado para beneficiar os mais pobres. “Se os recursos forem aplicados corretamente, os resultados serão imediatos. Temos de aproveitar a mão de obra do pobre para se precaver de uma eventual seca no próximo ano”, sugeriu.
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