O parlamentar afirmou que, diferentemente de Iguatu, as cidades de Sobral e Juazeiro do Norte não investem nada em seus hospitais regionais. “Tudo é bancado pelo Estado”, disse. O deputado relatou ainda que, diariamente, aviões bancados pelo Governo saem de Fortaleza transportando médicos, a fim de suprir a deficiência desses profissionais em Sobral. “Estamos clamando por um direito. Entendemos que somos cearenses iguais aos de Sobral. Pagamos os mesmos impostos e temos os mesmo direitos”, argumentou.
Conforme Agenor Neto, um dos maiores problemas enfrentados pelo município de Iguatu é a falta de custeio e de médicos. “Temos que destinar recursos a esses hospitais polos, que estão com imensas dificuldades. Não adianta construir hospitais se não tem como custear os já construídos”, ressaltou.
Em aparte, o deputado Capitão Wagner (PR) parabenizou o fato de o peemedebista ter sido recordista na eleição de 2014 e reforçou a necessidade de repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), pois os municípios estão pedindo socorro. Segundo ele, o Hospital de Iguatu é referência para municípios vizinhos, como Orós, de onde recebe boa parte dos pacientes. “Toda a carga fica em Iguatu”, disse. O parlamentar defendeu a necessidade de somar esforços para cobrar do Governo Federal e estadual apoio, principalmente para municípios que têm hospitais regionais.
O deputado Roberto Mesquita (PV) lembrou que a obrigação dos municípios é investir pelo menos 15% na saúde, mas, segundo ele, quase todos chegam a dobrar o percentual e, mesmo assim, os serviços públicos na área continuam precários. Para ele, não é correto uma cidade, no caso de Iguatu, contribuir com mais de 10.
A deputada Dra. Silvana (PMDB) destacou a necessidade de se criar uma frente parlamentar para acompanhar a aplicação dos recursos, e pediu para que os deputados sejam mais ouvidos pela administração. “Nós, deputados, temos que nos envolver com a saúde.”
O deputado Leonardo Pinheiro (PSD) endossou as dificuldades da população, sobretudo nos hospitais polos, e afirmou que a saúde requer uma atenção especial. “Um olhar diferenciado”, disse.
LS/AT