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Quinta, 13 Novembro 2014 06:21

Coluna Política

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  O 1º obstáculo que Cid ajuda Camilo a driblar Mesmo ainda sem ter equipes formalmente montadas, a transição do governo Cid Gomes para o de Camilo Santana (PT) ocorre, na prática, desde os primeiros dias após o segundo turno. Na agenda pública, o governador eleito tem priorizado estabelecer canais com os principais interlocutores em Brasília. Na campanha, Eunício Oliveira (PMDB) explorou essa fragilidade do adversário – sem grande impacto, ao que se percebe. Camilo, de fato, passa obviamente longe de transitar no centro do poder com a mesma desenvoltura do senador peemedebista. Eunício irá para o 16º ano de mandato federal, é líder da maior bancada de senadores, foi ministro e líder de sua bancada na Câmara. Integra o alto núcleo decisório do maior aliado do Governo Federal. Já a trajetória de Camilo foi construída no Ceará, em particular no Interior. Conquistou o primeiro mandato há apenas quatro anos. Afora isso, foi secretário de duas pastas que não estão entre as de primeiríssimo time do governo, apesar da inequívoca importância. Camilo teve de lidar, no início da campanha, como o fato de ser pouco conhecido na esfera estadual. Estava longe, por óbvio, de ser personagem federal. E tem se empenhado para contornar esse obstáculo. Cid é o responsável por abrir as portas. Ao ser eleito, em 2006, o atual governador também não tinha canais relevantes em Brasília. Ciro Gomes nem precisou atuar tanto nesse sentido. A simples credencial de irmão do ex-ministro abriu portas, que Cid aproveitou para estabelecer canais próprios, driblando a rejeição que Ciro construiu em vários setores. Cid levou Camilo ao ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, à presidente Dilma Rousseff e ao ex-presidente Lula. Principais expoentes da República petista, além de outros ministros sem a mesma dimensão. Canais estabelecidos, caso Cid vá mesmo para Washington, o governador eleito precisará contar com as próprias pernas. E terá como principal ponte o deputado José Guimarães. O Ceará segue muito dependente de apoio federal para concretizar grandes investimentos. Estabelecer essas pontes são cruciais para qualquer governador. Infelizmente, pois o desejável seria tanta autonomia quanto possível. De todo modo, Cid fez da rede de relacionamento construída um trunfo em seus oito anos. O fato de Camilo ser do partido da presidente pode ajudar. Mas não dá garantias, por si só. O PAPEL DA TRANSIÇÃO, PARA ALÉM DE FUTRICAS E HUMORES POLÍTICOSA silenciosa e totalmente informal transição de Cid para Camilo transcorre livre. O acesso aos dados está aberto, o diagnóstico chega pronto, não haverá solução de continuidade, pois o próximo governo prosseguirá com as ações do atual. As mudanças concretas serão graduais. Isso ocorre porque o atual governo emplacou o sucessor. Quando a oposição é vencedora, o conflito é a regra. Isso é péssimo e é necessário criar formas de mudar isso. Não há instrumentos institucionais que regulem a transição no Ceará. Fica na dependência da boa vontade de quem detém a caneta. Há até situações discutíveis: foi entregue a Camilo a “senha master do Mapp”, que dá acesso ao monitoramento dos projetos mais importantes do Estado. Isso é ótimo, mas são números que nem a maioria dos secretários tem. O petista é o governador eleito, mas hoje não ocupa cargo nenhum no Estado. Como é essa entrega de dados restritos a quem não exerce função no governo? É bom que ele tenha acesso a esses dados, mas melhor ainda seria institucionalizar essas relações. Se o sucessor eleito é um aliado, tudo corre às mil maravilhas. Se adversário, aí fica a critério de cicatrizes da campanha, rancores acumulados, de um lado, ou, por outro, até da vaidade de querer posar de estadista. É, convenhamos, coisa da republiqueta que se fique ao sabor dos humores de quem governa. Não há justificativa para não se garantir ao governo eleito acesso aos dados e informações de dentro da máquina administrativa. Aliás, se não estivéssemos apenas saindo da Idade Média em termos de transparência, quase tudo isso - salvo o que exigir realmente sigilo, por razões objetivas - estaria acessível a toda a população, em linguagem e formatos amigáveis. Mas isso é outra história. Interessa a todo mundo criar esse marco legal. Luizianne Lins (PT) se queixou ao receber o governo de Juraci Magalhães e foi alvo de queixas de Roberto Cláudio (Pros) ao transferir a administração para ele. E ninguém, por aqui, reclamou mais que Cid Gomes (Pros), em relação a Lúcio Alcântara (então no PSDB, hoje no PR). Sobretudo, interessa à população que seja dado o máximo de subsídios ao governo que assume para realizar o que prometeu em campanha. E que não precisa esperar por causa de birras politiqueiras. Há projeto já nesse sentido, parado desde a eleição passada. Quem ficar omisso agora perderá muito da razão caso se sinta prejudicado em dois, quatro, seis anos...
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