O parlamentar ressaltou que, além do fim das doações de empresas em campanhas, a proposta inclui também o voto em dois turnos, sendo o primeiro reservado às propostas dos partidos e o segundo aos candidatos e o mesmo número de legendas nos partidos para homens e mulheres.
O deputado salientou que o modelo político que está em vigor é distorcido e que os partidos, de uma maneira geral, não representam os anseios e interesses do povo de forma mais ampla. “A representação feminina nas eleições não chega a atingir 10%, por exemplo. Precisamos da reforma política, que vai tornar a disputa eleitoral mais equânime ”, disse.
Lula Morais destacou também a importância do financiamento público de campanhas eleitorais. “Empresas não podem votar, mas definem as eleições com financiamentos”, afirmou. O parlamentar lembrou que até agora não foi votada no Supremo Tribunal Federal (STF) a ação da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) que pede o fim do financiamento privado das campanhas eleitorais, já que o ministro Gilmar Mendes pediu vista do projeto. “Poderíamos já ter financiamento público nas campanhas desse ano se Gilmar Mendes não tivesse sentado em cima da proposta”, apontou.
Em aparte, o deputado Idemar Citó (DEM) ressaltou que o ministro Gilmar Mendes é um homem sério. “O deputado Lula Morais estava indo muito bem em seu pronunciamento até falar do ministro, que é um homem sério e de bem que conheço. Ninguém pode pegar o microfone para denegrir a imagem de outra pessoa que não conhece. Já o caso da reforma política é realmente um assunto importante. O ex-presidente Lula perdeu a oportunidade de fazer essa reforma em seu Governo. Precisamos de uma reforma política, tributária e administrativa no nosso País, mas falta coragem e interesse”, disse.
GM/CG