“A imprensa mundial divulgou a taxa da dívida pública sob o PIB dos países da Europa, e considero importante sabermos que esses que criticam o País precisam avaliar o que acontece no mundo. A zona do euro apresentou crescimento no primeiro trimestre de 2014 de 0,2%, um número pequeno diante do Brasil, que tem perspectiva de 2%”, avaliou o parlamentar.
Mauro se disse ciente da necessidade de iniciativas para o aumento do PIB do País, mas discorda daqueles que afirmam que o Brasil está perdendo o controle das suas contas públicas. “Falam que o governo gasta demais e afirmam que isso tem comprometido o endividamento público brasileiro, mas essa é uma realidade bem distante dos números apresentados.
O deputado apresentou uma relação comparando a dívida pública/PIB de alguns países, mostrando o Brasil como o menor devedor dentre os citados. Segundo o parlamentar, a Grécia vem no topo da lista, com 175% de dívida pública/PIB, seguida pela Itália, com 132%, Portugal, com 129%, Irlanda, 123%, Estados Unidos, com 100%, Espanha, com 94%, e o Brasil, com 63%.
“Com toda essa desorganização mundial, não podemos falar que estamos tão desorganizados assim. Os números dizem o contrário dessa falta de confiança. O Brasil pode ter crescido pouco, mas que país cresceu economicamente?”, questionou.
Outro assunto abordado pelo parlamentar foi a movimentação do Pros, por meio do seu presidente estadual, Danilo Serpa, que começa a reunir os 22 partidos que dão sustentação ao governo Cid Gomes para uma avaliação sobre o Governo e discussão das ações que devem compor o programa de governo para as próximas eleições.
Por fim, Mauro Filho destacou o livro “O Capital no Século XXI”, do francês Thomas Piketty, que analisa o controle do setor público no capitalismo, como uma boa leitura para os economistas. “O livro mostra que, quando o capitalismo não é controlado pelo setor público, acaba aumentando a concentração de renda”, avaliou.
Em aparte, o deputado Fernando Hugo (SDD) disse que, apesar do comparativo trazido pelo colega deputado, ainda não enxerga o crescimento econômico no Brasil.
LA/CG