De acordo com o parlamentar, quem está divulgando essa informação é o setor bancário, “e isso se dá porque eles começaram a ganhar mais”. “A taxa Selic vem aumentando todo mês, desde abril do ano passado, o que culminou nesse último reajuste do Banco Central, no qual o Brasil passa a pagar 11%. O segmento bancário se apropria da maior fatia dos recursos da estrutura econômica brasileira, uma coisa que o Brasil ainda não conseguiu mudar”, afirmou.
Mauro Filho disse ainda que o Brasil desponta como uma economia mundial, com baixo grau de endividamento, baixa taxa de desemprego e uma estrutura industrial em expansão. “Diante disso, só gostaria que essa previsão viesse acompanhada de um raciocínio econômico melhor alicerçado”, observou.
Sobre a inflação brasileira, o deputado reconheceu que está em ascensão, “mas ainda se mantém dentro dos 6,5%”. Ele explicou, ainda, que o controle inflacionário não se faz exclusivamente com política monetária, “mas também com diminuição de gastos, e isso é preocupante”. “Qualificar como reduzir esse gasto deve ser a discussão que precisa imperar na economia brasileira”, disse.
Em aparte, o deputado João Jaime (DEM) sugeriu que a credibilidade do Brasil no exterior está “abalada”. Ele pontuou diversas crises enfrentadas pelo País, como a das empresas elétricas e da Petrobras, ambas ocasionadas, segundo ele, pela presidente Dilma Rousseff.
O deputado Professor Pinheiro (PT), em contrapartida, ressaltou que o Brasil foi elogiado durante a cerimônia do Prêmio Nobel de Economia, pela maneira “inteligente como enfrentou as últimas crises”, e assegurou que não há dados que comprovem quaisquer desarranjos na economia nacional.
Já o deputado Roberto Mesquita (PV) observou que o grande problema deve-se a uma “crise na capacidade de gerenciamento do País”. “O Brasil se pinta lá fora como a noiva perfeita, e realmente é, mas ninguém entende como um País cresce tanto, angaria tantos recursos e dá tão pouco retorno ao seu povo”, considerou.
PE/CG