Segundo o parlamentar, em 1912, após acordo das lideranças políticas locais, oligarquia comandada pelo coronel Antônio Pinto Nogueira Acioly, o Governo do Estado passou ao jovem coronel Marcos Franco Rabelo. “Desde o começo do Governo, o positivista Franco Rabelo tratou padre Cícero com desdém, como se ele fosse um embusteiro. Em dezembro de 1913, resolveu atacar Juazeiro, ação rechaçada por Floro Bartolomeu, com o apoio do padre Cícero, iniciando-se uma revolta que culminou com a queda do coronel Franco Rabelo”, contou.
Professor Teodoro salientou que a tentativa de invasão de Juazeiro ocorreu em dezembro de 1913, sob o comando de Alípio Lopes de Lima Barros, que comandava um batalhão com 650 soldados e mais 60 civis fornecidos pelo coronel Francisco José de Brito, prefeito do Crato. “Foi uma surpresa para as forças militares do Governo ao acercarem-se de Juazeiro. A cidade estava quase totalmente mobilizada. Homens, mulheres, jovens, velhos e até crianças contribuíram para a defesa da terra da mãe de Deus”, afirmou.
O parlamentar destacou que o tumulto chegou aos arredores de Fortaleza, onde foi instalado um quartel general, na localidade de Pajuçara. “O jornalista Lira Neto, em seu livro “Padre Cícero: Poder, Fé e Guerra no Sertão”, diz que não foi preciso que Floro Bartolomeu ordenasse a invasão de Fortaleza. No dia 14 de março, finalmente o Governo Federal decretou a intervenção no Ceará e determinou a exoneração de Franco Rabelo”, destacou.
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