O pedetista pontuou os gastos do Governo com diversas obras, como a construção da ponte estaiada (R$ 386 milhões), por exemplo, e a contratação de bandas de forró (R$ 81 milhões). “Nesse mesmo período, Cid só investiu R$ 120 milhões nas universidades estaduais. Um valor vergonhoso, que só evidencia esse desprestígio”, disse.
Heitor informou que a Universidade Estadual do Ceará (Uece) está com uma carência de 295 professores, a Universidade Regional do Cariri (Urca), de 309 e a Universidade Vale do Acaraú (Uva), de 185. “Totaliza um déficit de 789 professores. Além disso, a universidade, segundo a pauta dos manifestantes, está sucateada e com um grande número de terceirizados. Uma universidade não pode se manter assim”, avaliou.
Para o parlamentar, a luta é justa. “Enquanto os professores trabalhavam, mesmo no começo da greve quando faziam suas reivindicações, o governador não os atendeu, e agora só quer atender se eles voltarem a trabalhar”, ressaltou.
Em aparte, o líder do Governo, deputado José Sarto (Pros), destacou que o Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV) dos docentes, aprovado pela AL, deu um aumento real de 104% acima da inflação aos docentes. “Portanto, não justifica o PCCV ser pauta de reivindicação”, argumentou. Ele disse também que já foi sugerida a formação de um grupo de trabalho entre o Governo e os diversos segmentos das três universidades para discutir amplamente as reivindicações específicas de cada uma delas. “Mas entendo que é uma luta justa e parabenizo o comando grevista pela movimentação pacífica”, concluiu.
Já o deputado Dr. Guimarães (PV) ressaltou que os governistas “não discutem a pauta real da greve, que é a questão da infraestrutura das universidades”. “Estão todos lutando por condições de trabalho, e isso é de uma gravidade muito grande, em um estado onde as pessoas precisam muito de educação”, observou.
O deputado João Jaime (DEM) destacou a falta de prioridade do Governo com a educação. “Estamos indo na contramão do desenvolvimento. Basta observar os países desenvolvidos, como a Coreia, e veremos que a educação lá é uma prioridade do Governo”, afirmou.
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