“O movimento grevista tem uma justa e extensa pauta de reivindicações legítimas. E, nesse sentido, é preciso que o Governo perceba que somente por meio do diálogo será possível encontrar uma saída para a greve”, disse. Segundo ela, o movimento grevista reivindica melhorias salariais e estruturais para as instituições de ensino superior mantidas pelo Estado e condições de trabalho para os professores e servidores.
A parlamentar relatou que ontem, no decorrer da sessão solene em homenagem ao dia do servidor público, os manifestantes fizeram um protesto, ocupando, por um breve momento, o plenário da Casa em uma manifestação pacífica. “Houve uma negociação bem conduzida por esta Casa, em especial pelo deputado estadual Tin Gomes (PHS), que, juntamente com o nosso mandato e da deputada Rachel Marques, recebeu uma comissão do movimento. O grupo de professores e estudantes decidiu permanecer no saguão, liberando o Plenário para as atividades legislativas da Casa”, elogiou.
Eliane Novais informou que já foi formalizado o requerimento solicitando uma audiência pública para debater as demandas e a greve da categoria, atendendo aos manifestantes. “A situação chegou a esse ponto em boa medida pela intransigência do Governador, em só iniciar as negociações após a suspensão da greve”, criticou. Segundo ela, a greve só foi instaurada por meio de uma decisão coletiva dos professores e servidores, após se esgotarem todas as iniciativas de diálogo.
Em aparte, os deputados José Sarto (Pros), líder do Governo, Dr. Guimarães (PV) e Antonio Carlos (PT) também se manifestaram. Guimarães criticou a postura do governador quando afirma que já foi dado o devido aumento, “mas na pauta requer mais que isso. São aspectos múltiplos envolvidos, e não se trata somente de salários”, afirmou. O líder do Governo contestou o discurso da socialista, sobretudo em relação à postura do governador. “Efetivamente o governo tem atendido e sempre que pode abre diálogo”, rebateu. Ele lembrou que foi Cid quem instituiu a mesa de negociações. Já Antonio Carlos fez um apelo para que as negociações ocorram de forma tranquila. “Que a gente tenha tolerância para não se ter excessos”, pontuou.
LS/AT