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Partido afina discurso contra efeito mensalão - QR Code Friendly
Terça, 26 Novembro 2013 07:17

Partido afina discurso contra efeito mensalão

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  Preocupados com o efeito do mensalão nas urnas e com o uso político do julgamento, por parte dos adversários, representantes do Partido dos Trabalhadores no Ceará realizaram na manhã de ontem, na Assembleia Legislativa, um encontro para tentar unificar o discurso da legenda no intuito de avançar com mais ressonância contra a oposição, que, segundo eles, utilizam as prisões dos envolvidos no mensalão para acelerar o debate eleitoral. Sem exceção, todos os petistas presentes criticaram a condução do processo, citando diretamente o nome do ministro Joaquim Barbosa, relator do processo e presidente do Supremo Tribunal Federal (STF). A iniciativa de realização do debate partiu da bancada estadual do PT, segundo o deputado Professor Pinheiro (PT), depois de ter observado que alguns correligionários “estão acuados sem argumentos diante do discurso fácil da oposição”. Conforme destacou, a sigla precisa construir um discurso comum, que não se restringe somente ao processo, citando que documentos deixaram de ser apreciados durante o julgamento da ação penal. O debate apela aos demais petistas para que “atentem para a gravidade” do caso, conforme o novo presidente do PT, Francisco de Assis Diniz, que participou da discussão. Segundo ressaltou, o debate proporcionará um conjunto de informações para que os vereadores e dirigentes do interior compreendam a natureza deste processo, que, aliado a um componente jurídico, possui forte teor eleitoral. Para ele, a forma como se deram as prisões são “erro inadmissível” que, inclusive, já provocou reações contrárias tanto da sociedade quanto do próprio meio jurídico. Para o deputado Camilo Santana (PT), o episódio das prisões constitui “um lamentável capítulo de exceção em um julgamento marcado por violações de garantias constitucionais”, afirmando que a oposição trata o assunto com “desespero” numa tentativa de “macular a imagem do PT e dos envolvidos”, como forma de antecipar a discussão eleitoral de 2014. Já o deputado Antônio Carlos (PT) disse que Joaquim Barbosa “está passando dos limites”, traduzindo quanto o apelo midiático pode se sobrepor ao bom senso da Justiça. “Estão querendo levar a pauta das urnas para o Judiciário. É inadmissível ver companheiros que não roubaram um centavo do recurso público presos, enquanto outros, aliados ou não, não passaram um dia na prisão”, ressaltou. SEM DEFESA Para o vereador Acrísio Sena (PT), o partido entende que houve um julgamento de exceção, sem que os réus pudessem apresentar qualquer oportunidade de defesa. “Para nós, tem uma conotação mais politica do que jurídica. Houve uma pressa e necessidade de se espetacularizar”, disse o petista, acrescentando que a condução do processo “se excedeu e não acompanhou os trâmites normais”. PRESENTES Apesar da baixa participação das representações regionais, as lideranças presentes se manifestaram e também se solidarizaram, especificamente, ao deputado licenciado José Genoino (PT-SP), que, recentemente, esteve internado por ter passado mal na penitenciária da Papuda, e aguarda decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre se vai poder ou não cumprir sua pena em regime domiciliar.
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