Segundo o parlamentar, o Cinturão das Águas terá um sistema adutor extenso, com cerca de 1.300 quilômetros, e será integrado à obra de transposição do rio São Francisco, permitindo que as vazões captadas em Jati sejam aduzidas para as principais bacias do estado: Salgado, Alto, Médio e Baixo Jaguaribe, Banabuiu, Curu, Acaraú e Coreaú.
Inicialmente, a obra beneficiará 10 municípios, segundo informou o deputado. Levará água para os Inhamúns e irá perenizar os rios Cariús e Poti. Ele detalhou o trajeto, explicando que a água será captada em Jati, passará por Porteiras, Brejo Santo, Abaiara, Missão Velha, Crato e Nova Olinda e desembocará no rio Cariús.
Welington Landim afirmou que o Cinturão das Águas vai resolver o problema de um milhão de pessoas que sofrem com os efeitos da seca na região do Cariri e custará R$ 1,6 bilhão. Do total, R$ 1 bilhão virá do governo federal, por meio da segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC II); os outros R$ 600 milhões são recursos do governo estadual.
O parlamentar assinalou que o prazo para a conclusão da obra é de um ano e meio e dividida em cinco lotes, dos quais quatro já estão licitados, faltando apenas o quinto e último lote, que será licitado nos próximos 40 dias.
Em aparte, o deputado João Jaime (PSDB) destacou a importância da obra, que levará água para a região oeste do estado, e destacou que o Ceará depende da transposição para que a obra seja bem-sucedida.
O deputado Welington Landim finalizou seu pronunciamento informando que trará um requerimento para fazer uma avaliação das obras do PAC I e que a Comissão Especial da Seca irá apresentar um relatório, na próxima semana, com ideias e alternativas viáveis para combater os efeitos da seca no estado. Disse que a estiagem está afetando dois milhões de cearenses e matou 400 mil cabeças de gado, sem contar com prejuízos dos criadores, que foram obrigados a vender os rebanhos a preços muito baixos para evitar a perda total.
JM/AT