Água, meu netinho!!! Parece frase feita, antiga, do velho conto de fadas. É como se o Nordeste gritasse, pedindo socorro porque sofre do calor sem água e os netinhos respondessem ao apelo com o óleo quente, o azeite do desprezo, do nem te ligo. A transposição de águas do São Francisco para o Nordeste, pras bandas de cá, pra ser mais exato, desafia o tempo, as secas, os invernos. Desafia os caminhos tortuosos das vidas, como cantou o poeta Jader, desafia as Vidas Secas de Graciliano, desafia os Grandes Sertões, Veredas de Guimarães Rosa e até a Morte e Vida Severina do João Cabral de Melo, neto. Se todo animal inspira ternura, o que houve, então, com os…