Temas como a Saúde, Educação e Mobilidade Urbana marcam o primeiro debate entre os candidatos à Prefeitura de Fortaleza. Todos os dez postulantes estiveram presentes
Embora o debate tenha se polarizado em torno da Saúde, Educação e Mobilidade Urbana, os candidatos chegaram a fazer algumas propostas e promessas que, futuramente, o eleitor poderá cobrar. Os dez postulantes a prefeito de Fortaleza participaram, na manhã de ontem, do primeiro debate realizado pela TV Diário do Nordeste.
André Ramos (PPL) disse que irá criar uma “tríplice aliança” na Educação, o que, segundo ele, devolverá a autonomia aos professores e reeducará o aluno a estudar com o apoio da família. Questionado sobre saúde pública, o estreante disse que focará na realização de concurso público e implementará um Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS), uma vez que existe um déficit de médicos nos Postos de Saúde, sobretudo por conta da sua desvalorização profissional.
Moroni Torgan (DEM) afirmou que acessibilidade é fundamental, sobretudo na adequação de calçadas para os portadores de necessidade reduzida exercer seu direito. O democrata prometeu, ainda, verbalmente, que, se for eleito, criará um Centro de Fisioterapia, hoje, existente somente para pacientes internados. Sem dar detalhes, Moroni comentou, também, a necessidade de implantar um sistema de atendimento imediato para os dependentes químicos, assim como existe em Portugal.
PROJETOS
Provavelmente alvo principal dos ataques por ser candidato da atual gestão, Elmano Freitas (PT) se ancorou em projetos em desenvolvimento para balizar as suas propostas. O petista disse que até 2014 todo transporte público estará adaptado, dando continuidade ao projeto de acessibilidade, assim como a manutenção da passagem de ônibus mais barata do País. Elmano lamentou ainda a falta de conhecimento, segundo ele, de alguns candidatos sobre Educação e se comprometeu em implementar o tempo de planejamento na carga horária dos professores da rede municipal, estabelecido pelo Plano Nacional de Educação (PNE).
Roberto Cláudio (PSB), porém, se comprometeu na construção de um posto de Saúde em cada bairro, além de 19 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e seis Policlínicas para melhorar o atendimento de saúde pública. O socialista também frisou a realização de concurso público. Questionado sobre financiamento público de campanha, Roberto Cláudio prometeu realizar uma gestão transparente, clara e participativa com a sociedade fortalezense.
Renato Roseno (PSOL) focou seu discurso no combate ao fisiologismo que, sob sua ótica, corrói o funcionamento da máquina pública, o que, lamentavelmente, leva ao caos da Saúde, Educação e outras políticas de desenvolvimento. Por isso, o esquerdista defendeu o fim das campanhas milionárias, que, segundo ele, poluem a política.
Valdeci Cunha se posicionou sobre a educação. O candidato do PRTB disse que, atualmente, o Orçamento de Fortaleza ultrapassa R$ 5 milhões. Por outro lado, o grande desafio da Educação não é investimentos públicos, mas a valorização do servidor. “Professor não deve ser apenas uma pessoa treinada tecnicamente”, disse.
INTERVENÇÕES
Marcos Cals (PSDB) também focou suas intervenções a críticas da atual gestão. Além de posicionar-se sobre Educação – onde afirmou, por exemplo, a necessidade de se construir escolas de modelo padronizadas abertas à comunidade. O candidato do PSDB disse que, além de túneis e viadutos, criará “shopping de serviços” nos terminais para prestação gratuita de serviços públicos.
Francisco Gonzaga (PSTU) propôs uma cidade voltada para os trabalhadores. Por isso, o candidato do PSTU sugeriu uma auditoria nas contas do Município para saber como estão sendo realizados os investimentos, que não priorizam áreas importantes para população.
Heitor Ferrer (PDT) focou sua fala na saúde pública. Questionado sobre mobilidade urbana, o pedetista disse que investirá na intervenção física, com a construção de túneis e viadutos, para melhoria do trânsito. O pedetista prometeu ainda que, caso eleito, irá criar o programa “Cidade da Gente”, que reurbanizará as favelas da Capital. Além disso, prometeu aumentar os números de leitos nos hospitais secundários.
Em termos de propostas, Inácio Arruda (PCdoB) focou sua intervenção no planejamento. O comunista prometeu criar um conselho ou grupo de planejamento financeiro e social para dialogar os problemas da cidade, ressaltando que Fortaleza perdeu recurso por falta de planejamento.