Dos quatro candidatos ao Senado, dois são políticos bastante conhecidos do eleitor cearense. Destes, o deputado estadual Mauro Filho (Pros) e o ex-senador Tasso Jereissati (PSDB). Entre os novatos na corrida pela única vaga em disputa está a ambientalista Geovanna Cartaxo (PSB/Rede) e a professora universitária Raquel Dias (PSTU). Ambos garantem que o embate acontecerá, mas, mesmo em defesas opostas, afiançam um debate positivo em prol do desenvolvimento do Ceará. Tanto Geovana Cartaxo quanto Raquel Dias disputam pela primeira vez um cargo majoritário e tentarão ganhar evidência na defesa das causas sociais. Geovana Cartaxo também é professora universitária, e disputará a eleição pelo PSB visto que a Rede Sustentabilidade não alcançou a quantidade de assinaturas necessária para ser aprovado pelo Tribunal Superior Eleitoral para está apto a concorrer nas eleições de 2014. Segundo ressaltou, o novo momento pelo qual passa o país traz novos desafios. “A população deseja uma mudança no modelo de gestão, que dialogue com a sociedade. Esse será o diferencial”, pontuou, acrescentando que esta será uma eleição em que os candidatos serão chamados à responsabilidade com o futuro e, para isso, será necessário promover a mudança, que é o que oxigena a política. Geovana, no entanto, não poupou críticas ao atual modelo de administração, afirmando que o Ceará está entregue a uma “oligarquia”, que, segundo ela, não dialoga nem com a população nem com as políticas ambientais. “Estamos retrocedendo nos últimos anos. As pessoas estão desanimadas”, salientou. A socialista lembrou ainda que a intenção é apresentar de aprofundamento dos instrumentos de governança virtual, tendo em vista a aproximação da população com o Poder Público. Ressaltando que a lei de acesso a informação precisa ser ampliada para outros setores. Além disso, pretende apresentar sugestões de um novo desenvolvimento capaz de integrar economia e ecologia em uma mesma equação, justificando que o assunto também compõe uma das teses a serem implementadas na candidatura de Eduardo Campos à Presidência da República. Ao jornal O Estado, Geovanna lembrou também, ao contar sua trajetória de militância nos movimentos sociais, fez menção a democratização do Poder Judiciário, que, conforme justificou, precisa passar por um processo de ampliação da Justiça. Questionada sobre quem poderá ser o seu calcanhar de Aquiles na corrida eleitoral, a socialista demonstrou não estar preocupada com os adversários, embora, conforme ressaltou, esteja ciente do peso político de Tasso e Mauro Filho. “Espero apenas uma disputa de alto nível, com debate de propostas e projetos”, disse. MUDANÇA Quem também disputa a vaga ao Senado é Raquel Dias (PSTU). Seu nome foi anunciado no último sábado, prazo final de homologação de candidaturas. Valdir Pereira (PSTU), anteriormente indicado, assumirá papel político na coordenação da campanha. Na semana passada, ele já havia manifestado, que, por problemas pessoais, não disputaria as eleições deste ano. No Ceará, o PSTU marchará unido ao PSol e PCB. Raquel Dias, além de professora universitária, contribui com os movimentos sociais, desde o movimento estudantil, no passado, até as lutas das mulheres e os embates sindicais, no presente, e, nesse sentido, segundo informações do partido, parece o nome mais acertado, nas circunstâncias atuais, para representar – na disputa - a coligação de esquerda.