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Quarta, 03 Agosto 2016 05:03

"Mentira de Luiz Pontes tem perna curtíssima", diz Ciro Gomes

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O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) fez tréplica ontem a críticas do presidente estadual do PSDB, Luiz Pontes, contra si. Chamado de “falso e leviano” por Pontes, o ex-ministro publicou mensagem em sua página do Facebook em que acusa o tucano de mentir e insinua irregularidades cometidas por ele. “A mentira de Luiz Pontes tem perna curtíssima”, disse.     “Depois falarei sobre as firmas que tiraram dinheiro do Banco do Estado do Ceará (BEC, extinto em 2005) e não pagaram”, continua. A fala ocorre após Pontes, em entrevista ao O POVO, rebater acusações de Ciro ao senador Tasso Jereissati (PSDB).     A briga começou na última sexta-feira, 29, quando Ciro deu entrevista onde acusou Tasso de ter mandado, enquanto governador, atirar em policiais que integravam movimento grevista. O ex-ministro afirma ter testemunhado a “ordem”, em reunião no gabinete de Tasso. “O coronel disse assim: ‘Mas, governador, pode morrer gente’ , ‘Que morra!’. Isso foi filmado lá”.     Falando pelo senador tucano, Luiz Pontes rebateu: “Mandar atirar? É brincadeira dizer isso. Só a cabeça do Ciro para inventar uma história dessas”, disse o presidente estadual do PSDB. “Vai ver ele (Ciro) mesmo quis fazer isso e fica inventando”, afirmou Pontes, que diz que também estava presente na reunião com Tasso e acusa Ciro de estar “desequilibrado”.     Antigos aliados, Tasso e Ciro romperam em 2010 e seguem em lados opostos de palanques eleitorais desde então. A disputa se repete este ano em Fortaleza, onde Ciro apoia reeleição de Roberto Cláudio (PDT) e Tasso Capitão Wagner (PR).     Greve da PM   Minutos antes de rebater Pontes, Ciro publicou matéria de 31 de julho de 1997, da Agência Folha. O texto afirma que o então governador Tasso Jereissati “determinou (…) a prisão de dois líderes da greve dos policiais civis e militares do Estado e anunciou o rompimento das negociações e a demissão sumária dos grevistas”.     Abaixo do texto, Ciro comentou: “Esta atitude, correta, teve meu apoio. O que não entendo é como se pode apoiar politicamente o mesmo tipo de marginal”. Aliado de Tasso neste ano, Capitão Wagner foi um dos líderes da greve da Polícia Militar de 2011.     O POVO tentou entrar em contato com Luiz Pontes para que o tucano comentasse o caso, mas ele não atendeu as chamadas. (Carlos Mazza)
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