Noutro dia, participavam de um programa de debates políticos e assuntos regionais de uma emissora de rádio do Cariri Sul, dois deputados e um ex-prefeito de uma das cidades daquela região. Durante mais de metade do programa, os parlamentares se engalfinharam num bate-boca cheio de altercações a respeito do momento político do País. Em meio a um verdadeiro “show” de sapiência a respeito de todos os atos de corrupção investigados pela Lava Jato, “impeachment”, “golpe”, “mensalão”, “petrolão” e “pedaladas fiscais”.   Dada a palavra ao ex-prefeito, sertanejo calejado de tantas secas e seus problemas, ele indagou: “Não entendo como estando o nosso estado, os nossos agropecuaristas e os nossos comerciantes tão aflitos com a crise política e com mais um falso inverno, os senhores só têm olhos para as trapalhadas de Brasília, da qual não temos culpa”. Foi água na fervura. E tem sido sempre assim. Embora muitos parlamentares federais se esforcem, mesmo “tirando água de pedra”, para conseguir alguma ajuda para minorar as agruras de quem sofre com os problemas climáticos outros – daqui e de outros estados – não pensam em nada mais a não ser “derrubar” alguma grana em Brasília, com o que possam eleger os seus prefeitos e futuros “cabos eleitorais”.   Sobre esse assunto, deputado Carlos Matos (PSDB) é de opinião que a bancada federal do Ceará, em vez de se dividir por conta do caos político de Brasília, torne-se uma bancada única, uma, suprapartidária, sem o que o Planalto continuará “empurrando com a barriga” a resolução dos nossos problemas, muitos deles já insolúveis. Desse modo, deputados em geral se digladiando pelos votos dos municípios, não passará de mau exemplo e até falta de caridade com os interioranos.   A propósito… do deputado Arnon, ele defendeu ontem, na Câmara, mais recursos para modernizar e ampliar o setor do turismo do Ceará, importante para o PIB estadual. Sem trapalhadas O deputado Ely Aguiar foi convidado a ingressar no PMDB. Mas, alegando que o PMDB, apesar de grande, tem muitas trapalhadas. Fica mesmo no pequeno PSDC. Avisou Segundo o deputado Cabo Sabino (PR-CE), é preciso que os deputados derrubem MP do Governo Federal, que prejudica milhares, de militares de todas as armas, em suas aposentadorias. Repúdio Na AL, o deputado Audic Mota (PMDB), desafia governistas a assinarem uma moção de repúdio a todos os políticos, de algum modo, envolvidos em atos de corrupção agora investigados.   Penduricalho caro  Para o deputado Heitor (PSB), o governador Camilo precisa suspender despesas de R$ 67 mil com a “Casa do Ceará”, em Brasília> Essa não hospeda nem o Governador nem secretários. Alvo de vários… deputados foi o aluguel de uma passarela provisória à frente do Centro de Eventos. São R$ 60 mil por mês para a Magna Equipamentos. Uma definitiva custa R$ cerca de R$ 680 mil… Importante O deputado Evandro leitão, líder do Governo, anunciou Mmensagem isentando de ICMS empresas destinadas ao reúso da água, num estado carente desse líquido. Espera aprovação unânime. Veja bem! Segundo o deputado Carlos Mattos (PSDB), tão ruim é a política econômica do Brasil, que hoje estamos abaixo de dos os países da América Latina e entre os BRICs, estamos acima apenas da Rússia.   Não se sabe… como reagiram os “palacianos”, diante dos números devastadores da recente pesquisa CNI-Ibope. Em Resumo, 80% não confiam em Dilma, e 82% reprovam a sua maneira de governar o País. Matemáticos… do Palácio do Planalto, em pesquisa na Câmara, concluíram que a presidente Dilma dispõe de 140 deputados aliados, mas há o risco de que alguns deles sejam “voláteis”. Então, que venham os “nanicos”. O crescido… (depois da “janela”) PP, poderá sair do Governo, mas com uma condição firme: jamais estará “a reboque” do PMDB, num eventual governo do vice-presidente Temer Michel, se Dilma for impedida. Culpa de… quem, o fiasco da apresentação do belo trabalho do Iplanfor, dirigido por Eudoro Santana, sobre a “Fortaleza – 2040” na AL? Qual dos setores de Comunicação falhou?   “Não há uma condição mais desconfortável para um governo, do que o seu titular, depois de perder o apoio dos partidos maiores, apegar-se a qualquer custo até nos partidos nanicos”. Senador Cristóvam Buarque (PP-DF).