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Prisão de Dirceu gera divergência entre políticos do Ceará - QR Code Friendly
Terça, 04 Agosto 2015 06:22

Prisão de Dirceu gera divergência entre políticos do Ceará

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  A nova prisão do ex­-ministro José Dirceu reacende um novo turbilhão na política brasileira. No Ceará, ao mesmo passo em que algumas lideranças políticas viram com estranheza a prisão de José Dirceu, ontem, em Brasília, outros parlamentares sinalizaram que as prisões de políticos da alta cúpula do PT, inaugura uma nova fase da democracia, de que, agora, a “lei é para todos”. Para aliados do PT, no Estado, a prisão de Dirceu é uma “manobra política” para exterminar o Partido dos Trabalhadores. Dirceu já foi condenado e preso pelo mensalão­. Ontem, voltou para as celas da Superintendência da Polícia, em Brasília, acusado de crimes como corrupção, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha e de ser o “instituidor” do esquema de corrupção na Petrobras. “Tudo combinado. Setores da Polícia Federal, do Ministério Publico Federal, do judiciário e da imprensa”, defendeu o presidente do PT Ceará, De Assis Diniz, em entrevista à imprensa. Segundo ele, é “coincidência” que essas prisões aconteçam às vésperas da nova manifestação que está organizada pela oposição, para o dia 16 de agosto, onde será pedido o impeachment da presidente Dilma Rousseff. “Se isto não bastasse, ainda temos agenda-bomba no Congresso, Tribunal de Contas da União etc. É muita coincidência”, salientou. Segundo ainda o presidente, as ações ocorrem em meio à reabertura dos trabalhos da Câmara Federal, em que o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB), está no centro da arena política, ao decidir ser oposição a presidente e colocar em votação, pautas que desgastam o Governo Federal. “É preciso que lideranças nacionais do PT, em articulação com as lideranças regionais, comandem uma forte reação política para evitar que essas tentativas de acabar com o Partido dos Trabalhadores tenham êxito”, pontuou. Fato Político Na mesma linha, a deputada petista Rachel Marques defende que esta se criando em cima da segunda da prisão de Dirceu um “fato político”, com a intenção de “desgastar e atingir o partido”. Segundo a parlamentar, paralelo a isso, “coisas boas” estão acontecendo no Brasil, e o foco está sendo desviado. “Uma parceria com o Governo do Estado e o Governo Federal vai liberar R$ 103 milhões a mais, fruto dessa parceria, e coisas boas desse tipo vão continuar acontecendo”, frisou. Prisão Pedagógica Para o petista Heitor Férrer, a prisão do ex-ministro e de todos os envolvidos é “pedagógica”, porque aponta que o Brasil está diante de um quadro novo da democracia brasileira. “A lei é para todos e consegue, agora, atingir os poderosos”, diz. Conforme o parlamentar, isso não só afeta a agenda positiva que a presidente Dilma Rousseff vem trabalhando, mas a vida política nacional. “Isso deixa de barbas de molho a cúpula do PT, do Governo, e ninguém sabe onde vai parar. A investigação tomou proporções, como se fosse uma pólvora tocada no fogo. O processo foi desencadeado, e não tem como haver retrocesso”, avaliou Heitor Férrer. Estranheza Já o deputado Renato Roseno (Psol) afirmou que visualizou com “bastante estranheza” a prisão de Dirceu, em função de que ele já estava em prisão domiciliar, o que pode acarretar em questionamento jurídico sobre a ação. Roseno salientou que a prisão preventiva tem pré-requisitos, por exemplo, garantir a ordem pública. “Eu acho que catalisou a oposição ao governo Dilma. Isso vai ser usado a semana inteira, pelos movimentos contra o Governo. Se ele estava em prisão domiciliar, é questionável essa ação”, pontuou.
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