Presidentes estaduais de apenas sete dos 22 partidos da base do governador Cid Gomes (Pros) participaram ontem da primeira reunião das legendas aliadas com secretários da gestão, no Marina Park Hotel. Os encontros foram marcados com o fim de ajudar a base na elaboração do plano de governo para o candidato à sucessão de Cid. Os secretários da Educação, Maurício Holanda, e da Segurança, Servilho Paiva, expuseram dados sobre as áreas de sua responsabilidade, num auditório fechado à imprensa. Apesar de a violência ser uma preocupação crescente entre os cearenses, e prometa ser um dos temais mais destacados na campanha eleitoral, alguns representantes de partidos foram indo embora durante a palestra de Maurício e antes da de Servilho. Respondendo a jornalistas, o secretário da Segurança, empossado em setembro do ano passado, afirmou que a diminuição dos números da violência “não acontece como um passe de mágica”, sendo necessário ao governo tempo para resolver demandas acumuladas. “É preciso ter um tempo, porque essa coisa não acontece como um passe de mágica. Isso faz parte de uma construção, porque você tem um histórico, você tem um passivo, que precisa ser resolvido. E a gente está resolvendo isso em termos de estrutura, em termos de pessoal, em termos de equipamento, enfim”, disse Servilho. Outra coisa necessária na repressão do crime, afirmou o secretário, é celeridade da Justiça. “Você tem que compreender como um sistema a questão da segurança púbica. O papel da polícia vem sendo feito”. Na última sexta, presidentes e/ou representantes das 22 siglas da base de Cid estiveram no Marina para iniciar as conversas sobre sucessão. Alguns deles opinaram que o candidato da aliança ao governo deveria ser definido logo, e não na segunda quinzena de junho, como quer Cid. Francisco de Assis Diniz, presidente estadual do PT, e o deputado estadual Ely Aguiar, presidente do PSDC, foram alguns desses que pediram rapidez na escolha. Ely não foi à reunião de ontem, e Diniz saiu antes que o secretário da Segurança começasse sua exposição. Um dos que ficaram até o fim foi Moroni Torgan, presidente do DEM no Ceará. Além de Moroni e Diniz, estiveram na reunião de ontem Danilo Serpa (presidente estadual do Pros), Tin Gomes (do PHS), Samuel Braga (PEN), José Vilemar Carneiro Filho (PRTB) e Reginald Moreira (PMN). SERVIÇO Partido Republicano da Ordem Social (Pros) no Ceará Site: www.prosceara.org.br Saiba mais O presidente do PT no Ceará, Francisco de Assis Diniz, repetiu ontem o que disse na sexta: esperar até o fim de junho para a escolha do candidato ao governo complica a vida dos petistas. “O PT tem suas estruturas de debates. Queremos emitir juízo de valor e dar opinião acerca do nome (...) Temos um prazo político, que é 21 de junho, dia da convenção nacional do partido. Queremos ter o nome do candidato um dia antes”, afirmou Diniz. Os partidos aliados terão outras duas reuniões no Marina. Na próxima terça, debatem saúde e infra-estrutura. Na quinta, tratam de cultura, esporte, turismo, desenvolvimento econômico e agrário.